domingo, 31 de agosto de 2008

Perguntas e respostas

Quem debate com crentes durante muito tempo acaba percebendo que eles apelam sempre para as mesmas alegações. Parecem estar seguindo algum manual do tipo “Como debater com ateus”.
Para não ficar me repetindo, reuni na lista abaixo as afirmações mais comuns e as respostas adequadas. Em alguns casos, indiquei links para textos mais completos sobre o assunto.
Há outras listas semelhantes na Internet:
Esta é a minha :-)

1. Vejam como o universo é perfeito e organizado, vejam o sorriso das crianças, a beleza das flores.

O universo é um lugar caótico, com estrelas se apagando, explodindo ou se chocando, buracos negros engolindo estrelas e planetas, meteoros e cometas colidindo com planetas. A Terra é um lugar instável, sujeito a vulcões, terremotos, inundações, secas, furacões, incêndios, raios etc. A vida sobrevive devorando a vida num festival de garras, dentes, bicos afiados, ferrões, venenos, teias e putrefação.
A linda borboleta que vemos agora pode ser devorada por um pássaro em seguida, e esse pássaro devorado por outro animal, mais tarde.
Estamos sujeitos a doenças, pestes e defeitos de nascença. Nosso corpo é cheio de falhas e se deteriora com o tempo.
E fica a pergunta: que deus de infinito amor criaria um vírus que se instala no nervo ótico e causa a cegueira das pessoas? Ou insetos cujas larvas crescem dentro de animais vivos, devorando-os aos poucos até matá-los?
Leia também: O ser humano, ápice da criação divina?

2. A explosão de uma gráfica nunca produzirá um livro.

As chances de que um livro surja da explosão de uma gráfica são mínimas, já que as propriedades da matéria não levam a isto, mas há grandes chances de que levem a um universo como o nosso.
Se jogarmos um monte de objetos para cima, qual a chance de todos caírem? Muito grande, já que a força da gravidade leva a isto. Estranho seria se flutuassem ou saíssem voando em todas as direções.
O universo é assim porque há várias propriedades da matéria que o levam a ser assim.
E por que ele é assim? Não sei. Ponto final. Não vou inventar um deus para preencher as lacunas no meu conhecimento, muito menos definir como é este deus e quais são seus mandamentos e punições.
Os crentes também dizem que seria muito difícil surgirem seres vivos com tantos genes, organizados desta forma. O problema com a estatística aplicada ao surgimento da vida é que os crentes calculam como se fossem várias tentativas sucessivas até dar certo de repente, já com este grau de complexidade.
Na verdade, a coisa funciona mais como o jogo da forca: a cada letra que se acerta, há menos lacunas para se preencher. Os acertos são mantidos, facilitando os próximos acertos, que vão sendo adicionados um a um.
Não é como se, diante de 8 espaços a preencher, a gente tivesse que ficar imaginando palavras completas de 8 letras até acertar. E só tivesse, digamos, 5 chances.
Houve muitas chances e muitas tentativas simultâneas em muitos lugares, durante muito tempo, um tempo tão grande que foge à nossa compreensão. Não é como se, em algum lugar do planeta, uma única pessoa tivesse tentado uma coisa de cada vez, durante algum tempo.
Leia também: TalkOrigins

3. As chances de que o universo fosse assim por acaso são mínimas.

Podem ser mínimas, mas o fato é que o universo existe e é deste jeito. Quais as chances de que um determinado número seja sorteado na loteria? Mínimas, mas sempre sai um número.
A possibilidade de uma determinada sequência de números ser sorteada na loteria é ínfima, mas não é zero, portanto é possível. É a mesma possibilidade que tinha o número que foi sorteado.

4. A Terra está exatamente à distância do Sol que deveria para que existisse vida. Da mesma forma, tem a atmosfera e o tamanho certo, etc.

Isto se chama antropocentrismo e é a crença arrogante de que o universo existe para que o homem possa viver nele, quando na verdade o homem existe como consequência, não como razão de ser do universo. Existimos e somos assim porque o universo é assim. Não existiríamos ou seríamos diferentes se o universo fosse diferente. Somos frutos do acaso e, se quisermos um propósito para nossa existência, temos que inventá-lo nós mesmos.

5. Hitler, Mao, Lenin e Stalin eram ateus.

Hitler era cristão e nunca disse o contrário. Tinha sua própria interpretação da doutrina e considerava que os arianos eram o povo escolhido de Deus. Entrou em conflito com a Igreja Católica, que se opunha a alguns de seus atos, mas teve o apoio ativo de outras seitas, como os adventistas. Seus soldados usavam uma fivela com a inscrição “Gott mit uns” (Deus conosco).
Lenin era (ou se dizia) ateu, mas nunca perseguiu os religiosos, apenas tornou a Rússia um estado laico. Quanto a Stalin, era um louco sanguinário e fez o que se espera de um louco sanguinário no poder. Seu suposto ateísmo foi apenas um detalhe e não a razão para os massacres. Ele nunca disse “eu faço isto porque sou ateu”.
Por outro lado, houve várias ditaduras cristãs ao longo da história. No século XX, a mais recente foi a Argentina, que tinha o apoio entusiástico da Igreja Católica local. Devemos culpar sua crença religiosa pela tortura e morte de tanta gente?
Os regimes que os crentes chamam de ateístas foram apenas ditaduras onde o ateísmo era um detalhe na ideologia que lhes deu origem. Os ideólogos do marxismo rejeitavam as religiões porque tiravam do povo o ânimo de lutar por seus direitos e o tornava conformista. Mas quem disse que Mao e Stalin queriam que o povo lutasse por seus direitos? Seu suposto ateísmo foi apenas mais um modo de evitar que ideologias e instituições externas influenciassem suas mentes e competissem com eles. E não impediu que ateus que lutavam contra seu regime fossem mortos.

6. Nunca vi um macaco virar homem ou um peixe pular para fora da água e passar a viver em terra.

E nem vai ver. A evolução ocorre de uma geração para outra e não num mesmo indivíduo e, em geral, é muito lenta. Grandes mudanças podem levar milhões de anos, embora outras ocorram diante de nossos olhos. A laranja Bahia é o resultado de uma mutação. Cada epidemia de gripe é uma mutação do vírus da epidemia anterior. Os insetos ficam cada vez mais resistentes aos inseticidas.

7. O celacanto não mudou nada durante milhões de anos.

Não exatamente. Há vários tipos de celacanto, o que mostra que ele mudou um pouco. Por outro lado, a evolução não é uma coisa obrigatória. Ela ocorre quando a mudança é necessária para a sobrevivência de uma espécie, mas não foi o caso do celacanto, bem adaptado ao lugar em que vivia.

8. Darwin renegou sua teoria antes de morrer.

Esta é uma mentira que alguns crentes inventaram e os outros repetem sem verificar se é verdade. Por outro lado, sua teoria continuaria válida mesmo que ele a renegasse, assim como a gravidade continuaria existindo mesmo que Newton voltasse atrás.

9. O evolucionismo se baseia em fraudes.

Como em todos os campos da atividade humana, houve fraudes cometidas por pesquisadores. A diferença é tais fraudes foram denunciadas por outros pesquisadores, não por religiosos, mesmo porque os religiosos não tinham conhecimentos para isto. Os criacionistas só ficaram sabendo delas quando já eram notícia velha e só então saíram por aí falando bobagem.
A religião, pelo contrário, protege seus fraudadores. Uma fraude religiosa antiga acaba se tornando “fato”, vira “milagre comprovado”. Quanto mais obscura e antiga for a lenda, mais confiável.
Leia também: Cinco grandes equívocos sobre Evolução, A Evolução está Definitivamente Comprovada? e TalkOrigins

10. O famoso cientista Fulano, que era ateu, aceitou a Jesus.

Pessoas se convertem de uma religião para outra ou se desconvertem o tempo todo, mas os crentes só usam como exemplo os que eram ateus e viraram cristãos. Se eles esperam nos impressionar, por que ignoram quando citamos os cristãos que se desconverteram?
Além disto, cada um é que sabe da sua vida. Não sou obrigado a imitar o “famoso Fulano”, ainda mais se ele não apresentar motivos racionais para seus atos.

11. A maioria da humanidade é cristã e a Bíblia é o livro mais importante do mundo.

Apenas da humanidade é cristã (e ainda assim este está dividido em dezenas de milhares de seitas conflitantes). Em breve, haverá mais islamitas que cristãos. Isto será um sinal de que o islamismo é que é a verdadeira fé?
A Bíblia só é importante para os ocidentais. O problema é que os crentes, em sua arrogância, acham que sua fé e seu livro "sagrado" são o centro do mundo, admirados e respeitados por todos.
Veja também: Major Religions Ranked by Size

12. A Bíblia diz que blá blá blá…

Não adianta citar a Bíblia para quem não acredita nela assim como não adianta citar os Vedas para um cristão. Os crentes parecem achar que duas ou três citações aleatórias de seu livro de mitologia vão fazer qualquer ateu cair de quatro, maravilhado, ou que servem como argumento para qualquer coisa.
Não se pode usar a Bíblia para provar a Bíblia. É preciso primeiro provar que ela pode ser levada a sério, e isto tem que ser feito usando-se fontes externas.
Leia também: Contradições na Bíblia e Existe Lógica na Fé?

13. É preciso saber interpretar a Bíblia.

Se a Bíblia é a palavra de Deus e se nossa salvação depende de a seguirmos, então ela deveria ser claríssima e não um monte de textos obscuros que é preciso interpretar sabe-se lá segundo que critérios, sobre os quais ninguém se entende. Cada seita decide, conforme sua conveniência, o que deve ser tomado literalmente e o que é no sentido figurado.
Além disto, não deveria ser necessário aprender línguas mortas para poder lê-la no original em caso de dúvida ou estudar culturas antigas para entender o tal de “contexto”.
Se partirmos do princípio de que Deus não tentou nos confundir com enigmas e nem está se divertindo às nossas custas, então só podemos concluir que a Bíblia significa exatamente o que está escrito e que não requer nenhuma interpretação. Seria muita pretensão nossa achar que sabemos o que Deus realmente queria dizer com os textos que inspirou. Se ele quisesse dizer outra coisa, teria dito outra coisa. Vale o escrito, vale a interpretação literal, não o que os crentes queriam que ele tivesse dito.
E Deus tinha o poder de evitar que o texto gerasse tantas interpretações diferentes e distorções, se quisesse, ainda mais sabendo que elas ocorreriam.

14. As profecias que se cumpriram mostram que a Bíblia é confiável.

A Bíblia tem várias profecias que falharam. Muitas delas são tão vagas que podem ser usadas para vários acontecimentos, conforme a conveniência. Algumas das supostas profecias mencionadas pelos evangelistas foram usadas fora de contexto e se referiam a outras coisas. Em alguns casos, nem profecias eram. Também pode-se suspeitar que a "profecia" foi feita depois do fato ocorrido.
Leia também: O Mito do Jesus Histórico

15. As profecias estão se cumprindo, portanto Jesus está voltando.

Jesus disse que voltaria quando alguns dos que o ouviam ainda estivessem vivos, mas todos morreram e ele não voltou.
Há 2 mil anos que cada geração vê sinais de que Jesus está voltando. Cada geração morre e Jesus não volta.
Os crentes citam como sinais de que o retorno é iminente as guerras, as doenças, os terremotos e todos os males que nos atingem, mas, em sua cegueira, não percebem que estas coisas foram uma constante durante toda a história da humanidade.
Pelo contrário, cada vez há menos guerras e nelas morre menos gente, além do que o mundo inteiro protesta contra elas em vez de aceitá-las como coisa normal. A humanidade nunca foi tão saudável e nem viveu tanto, graças à medicina moderna. Nunca a fome atingiu tão poucas pessoas.
Há algo que piorou, sim, e é a superpopulação e a resultante poluição do planeta (como consequência da redução da mortalidade e da maior qualidade de vida), mas isto não estava nas profecias. Por outro lado, se às vezes somos bombardeados com notícias de desgraças, é preciso lembrar que hoje a comunicação é instantãnea. No passado, era possível passar uma vida inteira isolado do mundo numa aldeia sem a mínima noção dos horrores que ocorriam no resto do mundo.
Além disto, hoje somos mais exigentes e não aceitamos muitas coisas que pareciam normais aos nossos avós, como a escravidão e a alta mortalidade infantil.
Leia também: Jesus está a caminho?, Melhoria da Qualidade de Vida e As Profecias para os Últimos Dias Comparadas Com os Fatos Atuais Demonstram seu Cumprimento?

16. A moralidade não é possível sem Deus.

A moral só faz sentido sem Deus. Com um deus para nos vigiar e nos impor regras, prometendo recompensas e ameaçando com castigos, não se pode falar em moral e sim em obediência a regras impostas, a que temos que obedecer mesmo sem entender.
A verdadeira moral é aquela que permite a convivência pacífica e a vida em sociedade. Suas regras fazem sentido.
Será que um religioso sairia por aí roubando, estuprando e matando se descobrisse que Deus não existe? Ou continuaria com sua vida, com seus sonhos e projetos, procurando viver uma vida longa e saudável cercado da estima e do respeito de todos?
A maioria da humanidade é e sempre foi religiosa. Se o mundo sempre foi injusto e violento, de quem é a culpa? Dos ateus, que sempre foram uma minoria, em muitos casos perseguida, é que não é.
Leia também: Moral e Ética sem Religião, Vender a alma a Deus ou ao Diabo? e Por que Jesus?

17. Listas de ateus que morreram loucos e desesperados.

Crentes costumam copiar e colar longas listas de ateus famosos que teriam morrido loucos ou desesperados. Alguns dos citados nem sequer existem, como o tal de “Yaroslav, presidente da Comissão Internacional dos Ateus” (aliás, a tal comissão também não existe). Quanto aos outros:
  • Qual o problema se Goethe morreu dizendo “Mais luz”?
  • Quem garante que todos os citados disseram o que está na lista? Em vários casos, sabemos que não.
  • O que os crentes querem provar com as palavras de gente que morreu louca? Que valor elas têm?
  • Que valor têm as palavras de gente cujo cérebro já está parando de funcionar? Não deveríamos ser julgados pelo que fomos ao longo da vida?
  • Como ficam todos os casos de ateus que morreram tranquilamente? Não contam? E os crentes que morreram loucos ou desesperados?
  • Quem foi que morreu dizendo “Meu pai, por que me abandonastes?”

18. Listas de pessoas que desafiaram a Deus e foram castigadas.

Estas listas só provam que o deus dos cristão é mesquinho e vingativo. Não faz sentido que um deus que é tudo e pode tudo se ofenda com as piadinhas de suas ínfimas e limitadas criaturas. Onde está a justiça em se afogar os milhares de passageiros inocentes do Titanic só para punir uma piada de seu construtor? É esse o tal “deus de infinito amor”?
E, mais uma vez, por que os crentes não levam em conta todos aqueles que blasfemaram e disseram coisas muito piores e, mesmo assim, morreram tranquilamente? Ou os crentes piedosos que tiveram mortes horríveis?

19. O mal existe por causa do homem, que tem livre arbítrio, não de Deus.

Não há livre arbítrio se o criador é onisciente. Se Deus criou o universo já sabendo exatamente de tudo o que aconteceria, ele determinou nosso futuro. Não é possível surpreender a Deus fazendo diferente daquilo que ele já sabia que faríamos antes mesmo de nos criar. Ele tinha infinitas opções, mas escolheu esta, mesmo sabendo das consequências. Ele criou aqueles que iriam para o inferno já sabendo que seriam condenados, portanto foi ele que os mandou para lá.
Não há livre arbítrio se só temos duas opções: obedecer ou sermos castigados. Equivale ao psicopata que diz à namorada “ou fica comigo ou te dou um tiro na cabeça”.
Se eu tenho como impedir que um crime seja cometido e não faço nada, também sou culpado, por omissão. Se eu criei o mundo já sabendo que o crime seria cometido, eu sou totalmente culpado. Foi intencional.
Além disto, a própria Bíblia diz que foi Deus que criou o mal, além de praticá-lo várias vezes.
Leia também: A Falácia do Livre Arbítrio

20. Se os ateus lessem a Bíblia com atenção, entenderiam tudo e aceitariam a Deus.

Os crentes têm dificuldade em compreender que só eles vêem a Bíblia como sendo a tal de “palavra de Deus”. Tudo o que eles lêem no seu livro velho é interpretado para se ajustar a esta idéia preconcebida. Para os ateus e os seguidores das outras religiões, a Bíblia é apenas mais um livro. Um livro entediante, confuso e contraditório, cheio de absurdos e violências cometidas pelo deus que o teria inspirado.
Os crentes deveriam tentar ler a Bíblia assim como eles lêem (se é que lêem...) os livros sagrados das outras crenças: com a mente aberta, não com um respeito reverente que ignora os absurdos e a tudo aceita como verdade revelada.
Veja também: A Bíblia do Cético

21. Você se acha mais inteligente que tantos sábios do passado que acreditavam em Deus?

Pessoas muito mais brilhantes, inteligentes e sábias que eu acreditavam nos deuses gregos e romanos, acreditavam em que a Terra era o centro do universo, defendiam a moralidade da escravidão e a inferioridade das mulheres.
Talvez os sábios estejam me escondendo o argumento devastador a favor da religião que me faria mudar de idéia.

22. Na hora do desespero, ateus procuram por Deus.

Crentes gostam de repetir esta bobagem, mas quantos ateus eles já viram num momento de desespero, se é que eles já viram algum ateu? Que estatística confiável eles têm para apresentar? Gravações de acidentes de avião em geral mostram gritos e palavrões, não orações.
Por outro lado, uma pessoa desesperada não age de forma racional, portanto não se pode citar o que ela diz em momentos assim como prova de que ela, no fundo, acredita em algum deus. Seria o mesmo que julgar uma pessoa pelo que diz quando está bêbada.
Uma pessoa que perdeu a razão é uma pessoa incompleta, é outra pessoa.
Leia também: Existem ateus em aviões caíndo?

23. Ateus rejeitam a Deus, mas vivem falando nele.

Há um bom motivo para eu me preocupar tanto com religião: o proselitismo constante que me cerca e as reações horrorizadas dos que descobrem que eu sou ateu (embora eu não saia por aí anunciando o fato). Ou o fato de que os evangélicos atuam constantemente para mudar as leis em seu favor. E já conseguiram: por exemplo, a vitória da bancada evangélica do Rio de Janeiro, que conseguiu elevar o nível de ruído permitido por lei, já que as igrejas eram campeãs de multa.
E ainda poderia falar da contratação de professores de religião para escolas públicas (mesmo que falte dinheiro para professores de matemática e geografia…) ou do projeto pedindo verbas públicas para a “cura” dos gays.
Lembro também que nossa liberdade de expressão é recente e não podemos permitir que nos seja novamente tirada.

24. Ateus não conseguem provar que Deus não existe.

E nem estão tentando. A maioria dos ateus apenas ignora Deus por não terem evidências de que ele exista. Os poucos que afirmam sua inexistência estão errados. Quem afirma a existência de um deus é que tem que provar o que diz.

25. A Aposta de Pascal.

  • E se o verdadeiro deus for outro e você acabar no inferno de outra religião?
  • E se Deus premiar os ateus sinceros e condenar os religiosos hipócritas, que acreditam por via das dúvidas?
  • De que adianta eu fingir que acredito se Deus saberá que estou mentindo?
  • Como eu faço para acreditar se eu não acredito? Se eu me esforçar bastante, volto a acreditar em Papai Noel?
Leia também: A Aposta de Pascal — Um Desdobramento

26. Ateus também têm fé.

Esta é uma falácia que se baseia na confusão entre dois significados diferentes para a palavra “fé”.
Eu posso ter fé no sentido de “confiança baseada em fatos”. Por exemplo, eu tenho fé em que minha casa não vai desabar nos próximos dias, apesar de não ter certeza. Afinal de contas, ela é bem construída e já está de pé há muito tempo.
Por outro lado, a fé em algo que não se pode ver nem ouvir nem provar que existe tem o sentido de “acreditar por causa da vontade de acreditar”. A fé religiosa é uma crença sem evidências e, às vezes, é uma crença apesar das evidências em contrário.
Para a religião, acreditar sem ver tem até mais valor.
E fica a pergunta: se evidências não são necessárias e basta a fé, o que faz com que uma pessoa tenha fé num deus e rejeite todos os outros? Qual é o critério?

27. Ateus não acreditam em nada.

Ateus acreditam em muitas coisas. Acreditam, por exemplo, em que vão chegar vivos em casa ao final do dia, que o sol vai nascer na manhã seguinte, etc.
Muitos, talvez a maioria, acreditam em que não devem fazer aos outros o que não querem que lhes façam, acreditam que uma vida honesta é melhor que viver fugindo da polícia, acreditam em que é importante conquistar o respeito e a estima dos outros.
Por outro lado, não vêem motivos para acreditar em entidades invisíveis e indetectáveis.

28. Ateus se acham superiores aos outros, acham que sabem de tudo, estão cheios de certezas.

Pelo contrário, são os ateus que reconhecem que são limitados, que vão morrer e virar pó, ao contrário dos crentes, que se acham as criaturas especiais de um deus todo-poderoso que tem um plano para cada um deles e vai levá-los para viver pela eternidade junto dele.
Ateus não estão cheios de certezas e nem acham que sabem de tudo. Pelo contrário, admitem sua ignorância e entendem que o pouco que sabem pode ser desmentido no futuro. São os crentes que têm certeza de que vão para o céu, que o seu deus disse isso e aquilo, que ele é assim e assado, sabem exatamente o que ele espera de nós.
O pior é que os crentes acreditam num livro que eles nem sabem quem escreveu e, na dúvida, acreditam pela fé, sem pedir evidências, ao contrário dos ateus, que desenvolvem hipóteses com base no que podem ver, não no querem que seja a verdade.
Quando um ateu não sabe, ele diz, honestamente, “Não sei”. Quando um crente não sabe, ele diz “Foi Deus”.

29. A ciência não se decide, vive mudando de idéia. Eu acredito em Deus e não tenho dúvidas. ou Os cientistas vivem divergindo entre si, portanto o evolucionismo está errado e eu fico com a certeza da Bíblia.

A ciência evolui justamente porque muda de idéia. Foi assim que aprendemos a fazer fogo, foi assim que surgiu a civilização moderna, foi assim que descobrimos que a Terra não é o centro do universo, foi assim que aprendemos a curar tantas doenças.
Já os crentes se agarram a superstições de tribos primitivas que viveram há milhares de anos e se acham muito inteligentes porque teimam em não mudar de idéia, embora não tenham provas de nada, como se teimosia fosse virtude. E o pior é que cada religião se agarra a uma superstição diferente e se acha a única verdadeira.
Leia também: A “permanência” da Bíblia e a “indecisão” da ciência e A ciência é baseada na fé?

30. Aceite Jesus e você entenderá tudo.

Uma pessoa sensata só aceita uma coisa depois de comprovar que ela é verdade, e não o contrário.
Se for para aceitar e só então tentar entender, todas as religiões se equivalem. Por que aceitar uma e rejeitar as outras?
O mais grave é que, após aceitar sem entender, as pessoas continuam não entendendo e nem por isso abandonam a fé.
Leia também: Aceitar a Jesus?

31. O fato de se usarem datas com "depois de Cristo" é uma prova de que ele existiu.

O calendário ocidental, baseado na suposta data de nascimento de Cristo, só foi definido no Século V, quando a Igreja de Roma conseguiu o poder para impor suas decisões ao mundo pela força das armas. Só então o papa da época, João I, mandou que o monge Dionísio Exiguus calculasse a data exata para o início da nova contagem. Até então, a referência era a data de fundação de Roma.
Mesmo assim, devido às contradições dos evangelhos, o ano zero foi uma escolha arbitrária e imprecisa, até hoje sujeita a discussões.
A civilização ocidental se tornou poderosa e seus padrões foram aos poucos sendo adotados pelo mundo, como o alfabeto latino e, sucessivamente, o latim, o francês e, atualmente, o inglês. É útil ter padrões. É por isto que todo mundo tenta aprender inglês.
Isto não impede que os países continuem usando suas línguas e não impede que haja vários calendários diferentes: chinês, judaico, árabe, hindu etc.
O uso da suposta data de nascimento de Cristo não prova que ele existiu. É apenas uma convenção que todos adotaram por conveniência.
Por outro lado, é interessante notar que os nomes dos dias da semana, na maioria das línguas européias, ainda se baseiam em nomes dos antigos deuses (dia do Sol, dia de Thor, dia de Vênus, dia de Marte etc.).

32. Se fosse mentira, já teria sido desmentida depois de tanto tempo.

Se todas as outras religiões (e são milhares…) fossem mentira, já deveriam ter sido desmentidas depois de tanto tempo. Há religiões bem mais antigas que o cristianismo.

33. Já está mais que provado que Jesus existiu.

Os crentes apresentam uma lista de historiadores que mencionaram Jesus como prova de que ele existiu. Na verdade, nenhum deles viveu na época dos supostos fatos. Tudo o que eles relatam é de ouvir falar, às vezes 100 anos depois. E o que eles dizem é que havia um grupo de pessoas que se denominavam “cristãos” e acreditavam num tal de Jesus. Isto prova a existência de cristãos já naquela época, mas não a existência histórica de Jesus.
Outros afirmam que o túmulo vazio é prova da ressurreição, sem perceber que qualquer um pode cavar um buraco e dizer que lá havia estado um deus ou qualquer outra coisa. Sem perceber que nem sabemos se Jesus chegou a ser enterrado naquele túmulo ou, se foi enterrado, talvez tenha sido removido antes de chegarem os soldados romanos. Sem se dar conta de que nem sabemos se o tal túmulo existiu mesmo. Tudo o que temos é um lugar que, séculos depois, os cristão decidiram que era o túmulo mencionado nos evangelhos.
Talvez tenha havido um homem que deu origem ao mito que os evangelhos relatam, mas não há rigorosamente nenhuma prova de que ele tenha nascido de uma virgem, feito milagres, ressuscitado e voado para o céu.
Quem quiser que acredite pela fé, mas não apele para alegações do tipo “muitos historiadores sérios confirmam que Jesus existiu”. Não é verdade. Historiadores sérios não deixam que sua fé religiosa influencie seu trabalho profissional.
Leia também: Jesus: O incômodo silêncio da História e O Mito do Jesus Histórico

34. Os arqueólogos descobriram que Pilatos existiu, portanto a Bíblia está confirmada como verdadeira.

Se o fato de Pilatos ter existido provasse que Jesus existiu, então a existência da cidade de Nova Iorque e do edifício Empire State provaria que o King Kong existiu.

35. Eu sei que Deus existe porque ele fala comigo.

Fiéis de todas as religiões dizem a mesma coisa sobre deuses diferentes. Não é possível que estejam todos certos ao mesmo tempo.
Além disto, experiências “místicas” não servem como prova de nada. São pessoais e intransferíveis, sem falar em que a própria pessoa deveria ter a honestidade de admitir que talvez quem esteja falando com ela é um outro deus ou que tudo pode não passar de alucinação ou auto-ilusão.
Leia também: Religião é problema Mental?

36. Jesus cura! É só ter fé!

Os crentes têm fé em que foram curados pela fé.
O pior é que vão ao médico, se tratam no hospital, fazem terapia, tomam remédios e, no fim, o mérito é todo de Deus e não dos médicos ou da ciência. Eles saem dizendo que “foi Deus que curou”, como se os médicos não tivessem feito nada.
E fingem que não viram os que oraram muito e morreram das doenças. Ou os que não oraram e se curaram assim mesmo.
Por que Deus não faz crescer de volta um braço, uma perna ou um olho? Por que só há curas que podem ser explicadas de outras formas? Por que os crentes nunca desconfiam de fraudes?
Há milhares de igrejas evangélicas, por toda a parte, curando deficientes aos montes como se fossem linhas de produção. Por que, então, não diminui o número de cadeirantes, por exemplo?
O mais cruel é que, quando a pessoa não se cura, é acusada de não ter fé e ainda leva a culpa por estar doente.
Ler também: Curas Espirituais e Oremos

37. Deus é amor. Se todos seguissem o que a Bíblia diz, o mundo seria melhor.

O deus da Bíblia é um monstro ciumento, mesquinho e cruel, que mata povos inteiros por motivos fúteis. E Jesus, o manso e humilde, piorou as coisas: antes, o sofrimento terminava com a morte. Depois de Jesus, o sofrimento passou a ser eterno.
Como já disse alguém: “Quem seguisse o Antigo Testamento fielmente seria preso. Quem seguisse o Novo Testamento fielmente seria internado”.
Leia também: Atrocidades cometidas em nome de Deus e Atrocidades bíblicas “explicadas” pelos crentes

38. Não nos cabe questionar a vontade de Deus. Devemos aceitar mesmo sem entender.

Esta alegação parte do princípio de que Deus é bom e justo e que tudo o que ele faz nos beneficia, mesmo que seus atos estejam além de nossa compreensão, mas a verdade é que, se não sabemos por que Deus faz as coisas, não temos como saber se são boas.
Quando a coisa nos agrada, dizemos que Deus é muito bom para nós. Quando não nos agrada, dizemos que Deus sabe o que é melhor para nós.
No fim das contas, a ação de Deus não se diferencia em nada da ação do acaso.
Leia também: Vender a alma a Deus ou ao Diabo?

39. As 5 provas de Tomás de Aquino.

Neste caso, não é uma questão de se refutarem as 5 provas e sim de mostrar que elas não provam nada sobre a existência de Deus.
Fazem sentido, até certo ponto, mas hipóteses só se tornam aceitas depois que são confirmadas por fatos - e ainda faltam os fatos: onde está Deus?
E, claro, permanece o velho problema: quem criou Deus? Por que abrir uma exceção para ele?
Só porque é preciso para que o argumento faça sentido?
Enquanto não aparecer um deus que, além de existir, prove que sempre existiu, o mais sensato é considerar que o universo sempre existiu. Ou apenas admitir que não há uma explicação satisfatória para a existência do universo e encerrar o assunto.
O erro dos crentes é assumir que Deus existe e só então procurar por provas.

40. Eu era ateu, mas minha mãe se curou por milagre e eu me converti.

Em primeiro lugar: foi mesmo um milagre? Ou apenas uma coisa que você decidiu que era milagre sem procurar saber se havia alguma explicação? Além disto, milagre é apenas algo que ainda não conseguimos explicar. Você pode provar que a ciência nunca conseguirá explicar?
Em segundo lugar, por que só alguns ateus se impressionam com esses “milagres” e se convertem? Será que eles eram ateus por motivos racionais ou eram apenas pessoas indecisas procurando por um pretexto para admitir a fé em Deus?
Em terceiro lugar, se o fato de que uma pessoa quase morrendo se curou é prova de que Deus existe, então talvez o fato de uma pessoa saudável morrer de repente seja prova de que Deus não existe.

41. Se você não tem certeza, pergunte a um teólogo antes de dizer besteiras sobre assuntos que desconhece

Cada teólogo diz uma coisa. Uns dizem que o inferno existe, outros que não. Uns dizem que a salvação é só pela fé, outros que as obras são necessárias. Uns dizem que é Deus que escolhe quem será salvo e que nada importa o que fizermos, outros dizem que temos livre arbítrio. Uns dizem que Jesus é igual ao Pai, outros dizem que ele é inferior.
Uns dizem que a Bíblia é a Palavra de Deus, imutável e inerrante da primeira à última palavra, outros dizem que Jesus trouxe uma nova doutrina e que o Antigo Testamento já não é mais importante.
Durma-se com um barulho destes ...
E por que temos que consultar teólogos cristãos? Por que não islamitas, que dizem que Jesus não morreu na cruz? E que ele não é filho de Deus? Eles também estudaram muito e devem saber do que estão falando.
Por: Fernando Silva
Formatação: Alenônimo

63 comentários:

  1. Sobre a questão 24 - "Os poucos que afirmam sua inexistência estão errados." Afirmar a inexistência de deus não seria um "erro". Baseando-se em uma lógica linear, chegaria-se à conclusão de que a existência de deus não faz sentido algum, simplesmente. E, obviamente, não se pode provar a inexistência de algo: se NÃO existe, não há como pôr à prova ou experimentar.

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  2. O que nos homens conseguimos fazer que os primatas nao conseguem?

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  3. Sobre a questão n.º 2: As chances de que um livro surja da explosão de uma gráfica são mínimas, já que as propriedades da matéria não levam a isto, mas há grandes chances de que levem a um universo como o nosso. Quais chances? "Não sei. Ponto final. Não vou inventar um deus." Então inventa-se o quê? Uma teoria cheia de especulação e incertezas que passa a ser um facto só porque alguém não quer acreditar que exista, eventualmente um intelecto superior aos humanos? Cada vez mais me convenço que o cepticismo se tornou um dogma para laguns...

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  4. Questão n.º1:"O universo é um lugar caótico, com estrelas se apagando, explodindo ou se chocando, buracos negros engolindo estrelas e planetas, meteoros e cometas colidindo com planetas. A Terra é um lugar instável, sujeito a vulcões, terremotos, inundações, secas, furacões, incêndios, raios etc. A vida sobrevive devorando a vida num festival de garras, dentes, bicos afiados, ferrões, venenos, teias e putrefação." Caríssimos: tudo isto faz parte do equilíbrio natural das coisas. Se fosse um caos, como é que haveria condições para a existência de vida? Mas ela existe. Tal como a inteligência humana. Teoria do caos?

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  5. Questão n.º3:"Podem ser mínimas, mas o fato é que o universo existe e é deste jeito. Quais as chances de que um determinado número seja sorteado na loteria? Mínimas, mas sempre sai um número.

    A possibilidade de uma determinada sequência de números ser sorteada na loteria é ínfima, mas não é zero, portanto é possível. É a mesma possibilidade que tinha o número que foi sorteado."
    Afinal, o cepticismo é uma questão de fé...

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  6. Questão n.º4: "A Terra está exatamente à distância do Sol que deveria para que existisse vida. Da mesma forma, tem a atmosfera e o tamanho certo, etc."
    Se foi para que nós existíssemos não sei, mas lá que está tudo no lugar, isso é um facto, não uma opinião. E tudo pode ser explicado com matemática e física, imaginem! Teoria do caos? Ou alguma outra coisa mais inteligente? Fica à consideração de todos...

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  7. Questão n.º 6: Eu sou branco, caucasiano. Quando vou à praia e apanho sol, fico vermelho e depois bronzeado. Evolui? Quando vem o inverno, fico mais branco novamente. Desevolui? Porque se continua a confundir reacções biológicas de adaptação ao meio ambiente com evolução?

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  8. Ainda a questão n.º6:As mutações podem produzir novas espécies?Muitos detalhes de uma planta ou de um animal são determinados pelas instruções contidas em seu código genético, o projeto, ou planta, que está no núcleo de cada célula. Os pesquisadores descobriram que as mutações — ou mudanças aleatórias — no código genético podem produzir alterações nos descendentes das plantas e dos animais. Em 1946, Hermann J. Muller, ganhador de Prêmio Nobel e que deu início ao estudo da genética das mutações, afirmou: “Esse acúmulo de muitas mudanças raras e, na maioria das vezes, muito pequenas não é apenas o meio principal de aprimorar artificialmente plantas e animais, mas é também, mais do que isso, o modo como ocorreu a evolução, guiada pela seleção natural.”

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  9. Questão n.º6: De fato, o ensino da macroevolução se baseia na afirmação de que as mutações podem produzir não apenas novas espécies, mas também famílias completamente novas de plantas e animais. Existe alguma maneira de confirmar essa declaração tão taxativa?No final da década de 30, os cientistas entusiasticamente adotaram o conceito de que se a seleção natural podia produzir novas espécies de plantas a partir de mutações aleatórias, então a escolha artificial de mutações, ou seja, escolha manipulada pelo homem, deveria ser capaz de fazer o mesmo com mais eficiência. Wolf-Ekkehard Lönnig, cientista do Instituto Max Planck de Melhoramento Genético em Plantas, na Alemanha

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  10. (continuação)disse: “Os biólogos em geral ficaram eufóricos, em especial os geneticistas e os criadores de plantas e animais.” Por que a euforia? Lönnig, que passou cerca de 28 anos estudando a genética das mutações em plantas, disse: “Esses pesquisadores pensavam que o tempo de revolucionar o método tradicional de criação de plantas e de animais havia chegado. Achavam que, por induzir e selecionar as mutações favoráveis, eles poderiam produzir plantas e animais novos e melhores.”

    Com muito apoio financeiro, cientistas nos Estados Unidos, Ásia e Europa lançaram programas de pesquisa que usavam métodos que prometiam acelerar a evolução. Depois de mais de 40 anos de intensa pesquisa, quais foram os resultados? O pesquisador Peter von Sengbusch diz: “Apesar do enorme gasto financeiro, a tentativa de desenvolver variedades cada vez mais produtivas por meio de irradiação mostrou ser um fiasco total.” Lönnig disse: “Nos anos 80, a esperança e a euforia entre os cientistas acabou num fracasso global. O melhoramento genético como campo específico de pesquisa foi descontinuado nos países ocidentais. Quase todos os mutantes apresentavam ‘características de seleção negativas’, ou seja, eles morriam ou eram mais fracos que os espécimes naturais.”

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  11. Mesmo assim, os dados agora disponíveis após cerca de cem anos de pesquisa de mutações em geral, e especialmente os 70 anos de melhoramento genético, possibilitam que os cientistas tirem conclusões sobre a capacidade das mutações de produzir novas espécies. Depois de examinar as provas, Lönnig concluiu: “As mutações não podem transformar uma espécie original [de planta ou animal] em outra totalmente nova. Essa conclusão está de acordo com o conjunto de todas as experiências e pesquisas sobre mutação realizadas no século 20. Também se harmoniza com as leis da probabilidade. Assim, a lei da variação recorrente indica que espécies geneticamente bem definidas têm limites reais que não podem ser anulados ou ultrapassados por mutações acidentais.”

    Pense nas implicações dos fatos mencionados acima. Se cientistas altamente qualificados não conseguem produzir novas espécies por induzir e escolher de modo artificial as mutações favoráveis, seria provável que um processo sem inteligência fizesse um trabalho melhor? Se a pesquisa mostra que as mutações não podem transformar uma espécie original em outra totalmente nova, então exatamente como é que a macroevolução teria ocorrido?

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  12. “Um forte exemplo de especiação [a evolução de novas espécies] envolve as 13 espécies de tentilhões estudadas por Darwin nas ilhas Galápagos, conhecidos como os tentilhões de Darwin.”

    Nos anos 70, um grupo de pesquisa liderado por Peter e Rosemary Grant começou a estudar esses tentilhões e descobriu que, depois de um ano de seca, os tentilhões que tinham o bico ligeiramente maior sobreviviam com mais facilidade que os de bico menor. Visto que o tamanho e o formato do bico é uma das principais maneiras de classificar as 13 espécies de tentilhões, essas descobertas foram encaradas como significativas. A brochura prossegue: “O casal Grant calculou que, se houvesse uma seca a cada dez anos nas ilhas, uma nova espécie de tentilhão poderia surgir em apenas cerca de 200 anos.”No entanto, a brochura da NAS deixou de mencionar alguns fatos significativos, mas embaraçosos. Nos anos que se seguiram à seca, os tentilhões com bicos menores voltaram a dominar a população. Assim, Peter Grant e o universitário Lisle Gibbs escreveram na revista científica Nature, em 1987, que eles haviam observado “uma inversão da seleção natural”. Em 1991, Grant escreveu que “a população, sujeita à seleção natural, oscila entre um tipo de tentilhão e outro” cada vez que o clima muda. Os pesquisadores também perceberam que algumas das diferentes “espécies” de tentilhões estavam cruzando entre si e produzindo descendência que sobrevivia melhor do que as suas “espécies” de origem. Peter e Rosemary Grant concluíram que, se esse cruzamento continuasse, o resultado poderia ser a fusão de duas “espécies” em apenas uma, dentro de 200 anos.

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  13. Em 1966, o biólogo evolucionista George Christopher Williams escreveu: “Considero lamentável que a teoria da seleção natural tenha sido desenvolvida inicialmente para explicar os processos da evolução. Ela é muito mais relevante para explicar a preservação das adaptações.” O teórico evolucionista Jeffrey Schwartz escreveu, em 1999, que se as conclusões de Williams estiverem corretas, a seleção natural pode estar ajudando as espécies a se adaptar às exigências variáveis da existência, mas “não está criando nada novo”.

    De fato, os tentilhões de Darwin não estão se transformando em “nada novo”. Ainda são tentilhões. E o cruzamento entre eles lança dúvidas sobre os métodos usados por alguns evolucionistas para definir uma espécie. Além disso, fica exposto o fato de que mesmo academias científicas de prestígio não estão imunes a apresentar provas de maneira tendenciosa.

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  14. Até hoje, cientistas do mundo inteiro já desenterraram e catalogaram uns 200 milhões de grandes fósseis e bilhões de microfósseis. Muitos pesquisadores concordam que esse registro vasto e detalhado mostra que todos os principais grupos de animais surgiram de repente e permaneceram praticamente inalterados, com muitas espécies desaparecendo de modo tão repentino quanto surgiram. Depois de analisar as provas fornecidas pelo registro fóssil, o biólogo Jonathan Wells escreveu: “No nível dos reinos, filos e classes, a descendência com modificações a partir de ancestrais comuns obviamente não é um fato observado. À base dos indícios fósseis e moleculares, não é nem mesmo uma teoria bem fundamentada.”

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  15. Criadores de cães podem cruzar seus animais de modo seletivo para que mais tarde os descendentes tenham pernas mais curtas ou pêlo mais longo que seus antepassados. No entanto, as mudanças que esses criadores conseguem obter muitas vezes resultam de falha genética. Por exemplo, a baixa estatura do bassê se deve a uma falha no desenvolvimento normal da cartilagem, causando nanismo. No entanto, continuam a ser cães, certo?

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  16. Será que a ciência contradiz o relato de Gênesis?O relato de Gênesis começa com uma simples declaração: “No princípio Deus criou os céus e a terra.” (Gênesis 1:1) Os eruditos bíblicos concordam que esse versículo descreve uma ação que não estava incluída nos dias criativos, que são relatados a partir do versículo 3. As implicações disso são profundas. De acordo com as palavras iniciais da Bíblia, o Universo, incluindo nosso planeta Terra, já existia por um tempo indeterminado antes do início dos dias criativos.

    Os geólogos estimam que a Terra exista há aproximadamente 4 bilhões de anos, e os astrônomos calculam que o Universo possa ter até 15 bilhões de anos. Será que essas descobertas — ou possíveis ajustes futuros a elas — contradizem Gênesis 1:1? Não. A Bíblia não especifica a idade exata ‘dos céus e da Terra’. A ciência não contradiz o texto bíblico.

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  17. Qual foi a duração dos dias criativos? Será que tinham literalmente 24 horas? Alguns afirmam que por Moisés — o escritor de Gênesis — mais tarde ter se referido ao dia após os seis dias criativos como modelo para o sábado semanal, cada um dos dias criativos deve ter durado literalmente 24 horas. (Êxodo 20:11) A fraseologia de Gênesis apóia essa conclusão?

    Não. O fato é que a palavra hebraica traduzida por “dia” pode significar vários períodos, não apenas um de 24 horas. Por exemplo, quando resumiu a obra criativa de Deus, Moisés referiu-se a todos os seis dias criativos como apenas um dia. (Gênesis 2:4) Além disso, no primeiro dia criativo, “Deus começou a chamar a luz de Dia, mas a escuridão chamou de Noite”. (Gênesis 1:5) Aqui, apenas uma parte do período de 24 horas é definida pelo termo “dia”. Certamente não há base nas Escrituras para declarar arbitrariamente que cada dia criativo era de 24 horas.
    Então, qual era a duração dos dias criativos? A fraseologia de Gênesis capítulos 1 e 2 indica que estavam envolvidos longos períodos.

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  18. Moisés escreveu seu relato em hebraico e fez isso na perspectiva de alguém posicionado na superfície da Terra. Esses dois fatores mais o conhecimento de que o Universo já existia antes do começo dos períodos, ou “dias”, criativos ajudam a resolver grande parte da controvérsia sobre o relato da criação. Como assim?

    Um exame cuidadoso do relato de Gênesis revela que os eventos iniciados no decorrer de um “dia” continuaram no dia ou dias seguintes. Por exemplo, antes de começar o primeiro “dia” criativo, a luz do já existente Sol estava, de alguma forma, impedida de alcançar a superfície da Terra, possivelmente por nuvens densas. (Jó 38:9) Durante o primeiro “dia”, essa barreira começou a dissipar-se, permitindo que a luz difusa penetrasse na atmosfera.

    No segundo “dia”, pelo visto a atmosfera continuou a clarear, criando um espaço entre as nuvens espessas no céu e o oceano abaixo. No quarto “dia”, a atmosfera já havia gradualmente clareado o suficiente para que o Sol e a Lua ficassem visíveis “na expansão dos céus”. (Gênesis 1:14-16) Em outras palavras, do ponto de vista de uma pessoa na Terra, o Sol e a Lua começaram a ficar visíveis. Esses eventos ocorreram de forma gradual.

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  19. O relato de Gênesis também diz que, ao passo que a atmosfera continuava a clarear, criaturas voadoras — incluindo insetos e criaturas com asas formadas por membranas — começaram a aparecer no quinto “dia”. No entanto, a Bíblia indica que durante o sexto “dia”, Deus ainda estava “formando do solo todo animal selvático do campo e toda criatura voadora dos céus”. — Gênesis 2:19.

    Fica claro, creio eu, que a fraseologia usada na Bíblia dá margem à possibilidade de que alguns dos acontecimentos maiores durante cada “dia”, ou período criativo, tenham ocorrido aos poucos em vez de instantaneamente, sendo que alguns deles podem até mesmo ter se estendido até os “dias” criativos seguintes.

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  20. Ao contrário do que alguns fundamentalistas da religião afirmam, Gênesis não ensina que o Universo, incluindo a Terra e todos os seres que vivem nela, foi criado num curto período num passado relativamente recente. Em vez disso, a descrição de Gênesis a respeito da criação do Universo e do aparecimento da vida na Terra se harmoniza com muitas descobertas científicas recentes. É tudo uma questão de pesquisar com a mente aberta, em vez de se acreditar no que outros já acreditam. Eu aplico isso a quem, como eu, acredita, e também aos que não acreditam na existência de um intelecto supremo.

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  21. A Bíblia não é um livro de ciência. Uma análise desta apenas revela que a mesma não é cientificamente incorrecta. Ao longo dos seus comentários, você limita-se a dar opiniões e a fazer afirmações que revelam falta de conhecimento sobre as coisas. Por exemplo, quem disse que a Bíblia começou a ser escrita 800 anos antes de Cristo. Há inúmeras evidências do contrário. As suas opiniões e as minhas são tanto respeitáveis como discutíveis. Algumas das citações que fiz até são de cientistas ateus. Mas são igualmente opiniões. O conhecimento humano é mutante. Um bom exemplo é o de se afirmar que o universo nunca teve início. Foi isso que a comunidade científica ensinou durante mais de um século. Serviu para ridicularizar o

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  22. relato da Bíblia, que afirmava que houve um princípio. Mais recentemente, porém, afirma-se que a teoria do BigBang é mais plausível, e, por isso, afinal houve início. Se a ciência se engana, todos respeitam. Se hà uma possibilidade de a Bíblia estar errada, todos a atacam. Até a igreja católica já faz isso. Chama-se a isso dualidade de critérios. No entanto, opiniões são isso mesmo. Opiniões. As minhas, as suas, e as de toda a gente. Factos são factos. E diz-se aqui em Portugal que "contra factos não hà argumentos".

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  23. Gênesis baseia-se nas lendas de Gilgamesh? Ou será que as lendas de Gilgamesh, que misturam história com folclore corroboram alguns relatos bíblicos?

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  24. Á luz da Bíblia, a luz passou a ser visível depois da criação das plantas, não o contrário.

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  25. os tentilhões de Darwin não estão se transformando em “nada novo”. Ainda são tentilhões.

    Mais uma vez, esta alegação ignora as escalas de tempo envolvidas.

    Mas quem é que fez a alegação? R: cientistas que acreditam na evolução.

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  26. Questão n.º 6: Eu sou branco, caucasiano. Quando vou à praia e apanho sol,
    > fico vermelho e depois bronzeado. Evolui? Quando vem o inverno, fico mais
    > branco novamente. Desevolui? Porque se continua a confundir reacções
    > biológicas de adaptação ao meio ambiente com evolução?

    Ficar vermelho é reação, adquirir uma camada permanente e inata de melanina debaixo da pele por mutação genética é outra coisa.

    Um indivíduo não sofre mutação. Quem sofre mutação são seus descendentes.
    Isto é básico.

    É básico? Quando estudei Antropologia, ensinaram-me exactamente o contrário. Perguntei ao professor se um grupo de escandinavos louros emigrasse para África, se eles apenas se reproduzissem entre eles, os seus descendentes, com o tempo, iriam tornar-se negros. Ele disse que sim. E se esses mesmos descendentes voltassem para o Norte da Europa e se reproduzissem entre eles, voltariam a ser brancos e louros? Resposta: Sim. Evolução seguida de desevolução?

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  27. > Gênesis baseia-se nas lendas de Gilgamesh? Ou será que as lendas de Gilgamesh,
    > que misturam história com folclore corroboram alguns relatos bíblicos?

    Corroboram a ciência, que diz que o suposto "dilúvio universal" não passou de uma enchente local que deu origem ao Mar Negro, há 7600 anos.

    E, sendo o Épico mais antigo que a Bíblia, mostra que a Bíblia é cópia de outras mitologias.

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  28. "Um indivíduo não sofre mutação. Quem sofre mutação são seus descendentes.
    Isto é básico."

    > É básico? Quando estudei Antropologia, ensinaram-me exactamente o contrário.
    > Perguntei ao professor se um grupo de escandinavos louros emigrasse para África,
    > se eles apenas se reproduzissem entre eles, os seus descendentes, com o tempo,
    > iriam tornar-se negros. Ele disse que sim. E se esses mesmos descendentes
    > voltassem para o Norte da Europa e se reproduzissem entre eles, voltariam a ser
    > brancos e louros? Resposta: Sim. Evolução seguida de desevolução?

    1. Não seriam os escandinavos originais que se tornariam negros e sim seus descendentes nascidos na África. Você não leu o que eu escrevi?

    2. Já expliquei antes: "evoluir", neste caso, deve ser usado no sentido de "se adaptar". E essa adaptação deve ocorrer quantas vezes for necessário, indo e voltando, se necessário.

    Se a coisa não tem volta, o que seria "evoluir", para você? Tornar-se negro ou tornar-se louro?

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  29. Não temos certeza absoluta das coisas para se ACEITAR UMA HIPÓTESE OU TEORIA. Não é o caso de vocês crentes da Bíblia, que a ACEITAM como uma verdade absoluta e indiscutível.

    Eu sou um crente que ANTES de ser crente questionou as coisas. DEPOIS de ser crente continuei a questioná-las e espero continuar a fazer. Os ateus transformaram a ciência num dogma. Quando se diz:" Está cientificamente provado que...", ninguém questiona. As pessoas aceitam isso tal como um religioso aceita um dogma porque os pais aceitaram, os avós também e ele sempre será como eles.
    Não pretendo fazer a apologia das religiões, até porque estas, na sua esmagadora maioria, mancharam a Bíblia e o nome de Deus com o seu percurso criminoso. Mas, racionalmente, tenho inúmeras razões para acreditar na existência de Deus. Se é uma questão de fé? Talvez, pelo menos nalgumas coisas que não posso provar. Mas os ateus, por vezes, são pessoas com muito mais fé do que eu...

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  30. "os tentilhões de Darwin não estão se transformando em “nada novo”. Ainda são tentilhões."

    Mais uma vez, esta alegação ignora as escalas de tempo envolvidas.

    "Mas quem é que fez a alegação? R: cientistas que acreditam na evolução."

    E estão certos. O problema é tirar esta frase do contexto e tentar usá-la como prova de que a evolução não ocorre.

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  31. Os ateus transformaram a ciência num dogma. Quando se diz:" Está cientificamente provado que...", ninguém questiona. As pessoas aceitam isso tal como um religioso aceita um dogma porque os pais aceitaram, os avós também e ele sempre será como eles.

    Aceita quem quer. Ciência não é dogma, é um conjunto de teorias aceitas provisoriamente. Muitos não aceitam - e descobrem coisas novas e ganham prêmios Nobel.
    Já quem não aceita os dogmas religiosos corre, ainda hoje, o risco de ser morto.

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  32. A adaptação não é sinónimo de evolução, meu caro. Não faz muito sentido confundir as duas coisas. Você está on-line? Que pena eu ter de ir trabalhar. Aqui já são 15.00. Mas amanhã leio o que você escrever. Abraço

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  33. relato da Bíblia, que afirmava que houve um princípio. Mais recentemente, porém, afirma-se que a teoria do BigBang é mais plausível, e, por isso, afinal houve início. Se a ciência se engana, todos respeitam. Se hà uma possibilidade de a Bíblia estar errada, todos a atacam. Até a igreja católica já faz isso.

    A ciência não se proclama infalível. Muda de opinião e progride.
    E a religião? Afirma-se a "palavra de Deus" e não aceita contestação.

    E a ciência é respeitável porque dá resultados palpáveis.
    E a religião? Milhares delas já desapareceram sem fazer falta.

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  34. > A adaptação não é sinónimo de evolução, meu caro. Não faz muito sentido confundir
    > as duas coisas.

    Se essa adaptação envolve mutação genética, então ela é, por definição, evolução.

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  35. Por exemplo, quem disse que a Bíblia começou a ser escrita 800 anos antes de Cristo.

    7 - ORIGENS DOS TEXTOS DA BÍBLIA
    http://www.bidstrup.com/bible.htm
    Analisa as origens dos textos da Bíblia, tanto do AT como do NT, e sua
    historicidade em relação aos registros histórios e arqueológicos..
    Há uma tradução no site da STR:
    http://www.str.com.br/Atheos/biblia2.htm


    Há inúmeras evidências do contrário.
    Gostaria de vê-las.

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  36. Não pretendo fazer a apologia das religiões, até porque estas, na sua esmagadora maioria, mancharam a Bíblia e o nome de Deus com o seu percurso criminoso.

    A Bíblia não precisa de ajuda para manchar o nome de Deus. Ela faz isto sozinha:
    http://fernandosilva.multiply.com/journal/item/7/Atrocidades_cometidas_por_Deus_ou_por_ordem_sua

    Antes de responder, veja se o que iria dizer já não está aqui:
    http://fernandosilva.multiply.com/journal/item/5/5

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  37. Não, não está ali. Continuo a afirmar o mesmo: negar a Deus o direito de fazer justiça é defender a anarquia. Irresponsabilizar as pessoas por actos conscientes não faz sentido. Pelo menos para mim. Eu aceito toda e qualquer contestação que seja feita a qualquer coisa, até à Bíblia. Eu próprio continuo a fazê-las, para testar as minhas próprias convicções. Creio que é aquilo que um indivíduo intelectualmente esclarecido deve fazer. Mas eu só costumo acreditar em provas. E se me dizem que "A evidência fóssil que comprova a evolução cabe na bagageira de um automóvel", então, peço desculpa, mas comparada com a fé dos evolucionistas, a minha é muito pequena.

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  38. Continuo a afirmar o mesmo: negar a Deus o direito de fazer justiça é defender a anarquia.

    Matar inocentes aos milhares para punir um suposto culpado é fazer justiça?

    E se me dizem que "A evidência fóssil que comprova a evolução cabe na bagageira de um automóvel", então, peço desculpa, mas comparada com a fé dos evolucionistas, a minha é muito pequena.

    Há evidências fósseis suficientes para provar a evolução, a tal ponto que agora cabe aos criacionistas a refutação. E, se conseguirem, ainda não terão provado suas lendas mitológicas. Outra teoria científica melhor surgirá e o Gênesis continuará sendo um monte de lendas.

    Quanto a sua fé, acho que é preciso muito mais fé para acreditar em fantasmas que engravidam virgens que numa teoria baseada em evidências objetivas.

    Uma teoria que pode estar errada, mas, até que descubram algum fato que a falseie, será a teoria aceita. Ela funciona.

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  39. Fantasmas que engravidam virgens????? Você tem lido a Bíblia ou visto filmes de terror???? Dizer que é impossível alguma mulher engravidar sem intervenção masculina é duvidar da fertilização in vitro, feito pela medicina. Não há evidências fósseis para comprovar a evolução. Continuam a existir meras teorias, por sinal confllitantes entre si.

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  40. Não acredito que a Bíblia responda a todas as questões que a nossa mente possa colocar. Seria ingenuidade pensar assim. Mas a Bíblia, quando analisada de uma forma imparcial, ela responde satisfatóriamente a muitas coisas.

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  41. Não leio sites criacionistas. Leio revistas como a Focus, Super Interessante, consulto a New Scientist, National Geographic, entre outras. E porque razão devem ser os que acreditam em Deus a provar que têm razão??? Os ateus acham que já encontraram a verdade absoluta? Então onde está esse espírito filosófico? Eu não encontrei a verdade absoluta sobre Deus, nem devo conseguir encontrar, mesmo que ganhasse a vida eterna!!!!

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  42. Não tiro frases do contexto, como você faz ao longo do seu site em relação a trechos da Bíblia. Agora, compreendo que seja incomodativo o facto de haver cientistas (evolucionistas) que aceitem as limitações das teses que defendem. Isso incomoda quem simplesmente transformou o ateísmo num dogma. Mas quem assume as suas limitações revela humildade intelectual, coisa que não é para todos. Felicidades.

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  43. > Fantasmas que engravidam virgens????? Você tem lido a Bíblia
    > ou visto filmes de terror???? Dizer que é impossível alguma mulher
    > engravidar sem intervenção masculina é duvidar da fertilização in
    > vitro, feito pela medicina.

    1 . A Bíblia diz claramente que um fantasma (ou espírito ou deus ou o que você preferir) engravidou uma virgem.
    Ela não fala em partenogênese nem em fertilização in vitro.

    Além do mais:

    - quando uma fêmea engravida sem a ação do macho, sempre nasce uma fêmea.
    -a fertilização in vitro requer o uso do sêmen masculino. Só muda a forma usada para uní-lo com o óvulo.

    > Não há evidências fósseis para comprovar a evolução. Continuam
    > a existir meras teorias, por sinal confllitantes entre si.

    Há evidências fósseis suficientes para comprovar a evolução. Se você tem uma teoria melhor para explicar essas evidências, apresente-as e, quem sabe, ganhará o prêmio Nobel.

    E as teorias não são conflitantes entre si quanto ao fato da evolução e sim quanto ao mecanismo exato que atuou em cada caso, já que há mais de um mecanismo. E também quanto às ramificações das espécies, já que os dados vão sendo encontrados aos poucos e o quebra-cabeça também aos poucos vai se definindo.

    Se os crentes tentam anular totalmente as descobertas científicas devido a divergências quanto a detalhes entre os cientistas, deveriam aceitar a hipótese de a Bíblia estar totalmente errada devido às muitas interpretaçôes diferentes do seu texto.

    Os criacionistas não conseguem provar suas lendas, portanto se dedicam a tentar achar erros nas teorias científicas, como se isto provasse alguma coisa sobre a Bíblia.

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  44. > Agora, compreendo que seja incomodativo o facto de haver cientistas
    > (evolucionistas) que aceitem as limitações das teses que defendem.
    > Isso incomoda quem simplesmente transformou o ateísmo num dogma.

    Não há dogmas nem verdades absolutas na ciência. O que há são teorias aceitas por falta de fatos que as contradigam. Aceitas porque funcionam, porque produzem previsões que se confirmam, porque dão resultados práticos.

    A ciência avança mudando de idéia. E a religião? Se agarra às lendas de tribos primitivas que viveram há milhares de anos. E se recusa a mudar mesmo diante de evidências em contrário. E ainda afirma que "a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus".

    > Não tiro frases do contexto, como você faz ao longo do seu site em
    > relação a trechos da Bíblia.

    Qual o contexto que legitima rasgar a barriga das grávidas e matar os fetos? Qual o contexto que legitima fazer os pais devorarem os filhos?

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  45. Qual o contexto a que se refere, por exemplo, quando diz que "a Bíblia legitima pais devorarem filhos?" Dizer que isso iria acontecer não é sinónimo de legitimar. Nem é disso que estamos a falar aqui, mas fica o reparo.Até porque isso já lhe foi explicado em comentários anteriores. Quanto a você dizer que não hà dogmas na ciência, tenha paciência mas isso não é verdade. A ciência (e principalmente o ateísmo) são um dogma. Quando se diz "está cientificamente provado que..." ninguém questiona. As pessoas aceitam, como se fosse "a Palavra de Deus". A vida real prova o contrário...

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  46. "Não há dogmas nem verdades absolutas na ciência. O que há são teorias aceitas por falta de fatos que as contradigam. Aceitas porque funcionam, porque produzem previsões que se confirmam, porque dão resultados práticos." Teorias aceites por falta de factos que os contradigam???????????? Então mas a questão não se devia centrar nos FATOS QUE AS COMPROVAM????????

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  47. Se encaramos a Bíblia como falsa com as aquilo a que os ateus consideram contradições, porque vocês aceitam cegamente TODA E QUALQUER TEORIA CIENTÍFICA (OU NÃO) QUE APOIE OS VOSSOS PONTOS DE VISTA? Essas já não podem ser avaliadas nem julgadas? Isso é ser tendencioso.

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  48. Dou-lhe um exemplo pessoal: Einstein acreditava em Deus. Ele tinha uma teoria, que quantificou em fórmula, onde supostamente se "prova" a existência de Deus de forma metafísica. Estou a analisar essa teoria para ver se a considero credível. Se hoje já se questiona a teoria da relatividade, não encaro um ponto de vista que se enquadra com a minha opinião só porque isso me "convém". Analiso ANTES de tirar conclusões. E mesmo essas (conclusões) poderão igualmente ser falíveis.

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  49. "Os criacionistas não conseguem provar suas lendas, portanto se dedicam a tentar achar erros nas teorias científicas, como se isto provasse alguma coisa sobre a Bíblia." Então mas você não tem um site dedicado a encontrar erros na Bíblia, tentando "provar" que você tem razão? Você pode e eles não...?

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  50. "A Bíblia tem várias profecias que falharam. Muitas delas são tão vagas que podem ser usadas para vários acontecimentos, conforme a conveniência. Algumas das supostas profecias mencionadas pelos evangelistas foram usadas fora de contexto e se referiam a outras coisas. Em alguns casos, nem profecias eram. Também pode-se suspeitar que a "profecia" foi feita depois do fato ocorrido."

    QUAIS FORAM, JÁ AGORA...?

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  51. O famoso cientista Fulano, que era ateu, aceitou a Jesus.
    Pessoas se convertem de uma religião para outra ou se desconvertem o tempo todo, mas os crentes só usam como exemplo os que eram ateus e viraram cristãos. Se eles esperam nos impressionar, por que ignoram quando citamos os cristãos que se desconverteram?

    Além disto, cada um é que sabe da sua vida. Não sou obrigado a imitar o “famoso Fulano”, ainda mais se ele não apresentar motivos racionais para seus atos.

    --- E QUANDO ELES APRESENTAM MOTIVOS RACIONAIS?

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  52. > Qual o contexto a que se refere, por exemplo, quando diz que "a Bíblia legitima
    > pais devorarem filhos?"

    Se Deus diz que vai fazer isto, então deve ser uma coisa boa, certo?
    E veja que você distorceu minha frase. O que eu disse não foi "legitima pais devorarem filhos" e sim "legitima fazer os pais devorarem".

    > A ciência (e principalmente o ateísmo) são um dogma. Quando se diz "está
    > cientificamente provado que..." ninguém questiona.

    Claro que questionam e é por isto que a ciência avança: porque velhos conceitos são substituídos por novos. O "está provado" da ciência significa: "no momento, é a explicação que funciona". E é claro que não cabe a quem não entende do assunto questionar e sim a outros cientistas.

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  53. > Teorias aceites por falta de factos que os contradigam????????????
    > Então mas a questão não se devia centrar nos FATOS QUE AS COMPROVAM????????

    Nos dois. Tem que haver fatos que comprovem e não pode haver fatos que contradigam.

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  54. > Se encaramos a Bíblia como falsa com as aquilo a que os ateus consideram
    > contradições, porque vocês aceitam cegamente TODA E QUALQUER TEORIA
    > CIENTÍFICA (OU NÃO) QUE APOIE OS VOSSOS PONTOS DE VISTA? Essas já
    > não podem ser avaliadas nem julgadas? Isso é ser tendencioso.

    O que muda na minha vida se uma teoria é provada falsa ou verdadeira? O que eu deveria fazer de diferente, por exemplo, se descobrirem que é o Sol que gira em torno da Terra?

    Eu me interesso pelas descobertas da ciência, mas minha vida continua a mesma enquanto os cientistas criam e refutam hipóteses.

    Na verdade, minha vida muda, sim. Eu me beneficio dos resultados práticos e das tecnologias que derivam das teorias científicas.

    A religião nunca conseguiu provar nada do que diz e é por isto que ela se dedica o tempo todo a tentar encontrar erros na ciência. Pode até encontrar, mas nem por isto suas superstições serão confirmadas.

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  55. > "Os criacionistas não conseguem provar suas lendas, portanto se dedicam a tentar
    > achar erros nas teorias científicas, como se isto provasse alguma coisa sobre a Bíblia."
    > Então mas você não tem um site dedicado a encontrar erros na Bíblia, tentando "provar"
    > que você tem razão? Você pode e eles não...?

    Se eu provar que a Bíblia está errada, ficará provado que ... a Bíblia está errada.
    Ainda não terei provado que Deus não existe nem que os outros livros sagrados também estão errados.

    Acontece que os crentes acham que provar que a ciência está errada automaticamente prova que a Bíblia está certa, como se só houvesse estas duas possibilidades.

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  56. > "A Bíblia tem várias profecias que falharam."
    > QUAIS FORAM, JÁ AGORA...?

    Uma delas é a profecia de que Nabucodonosor destruiria o Egito e seu povo e até os animais se espalhariam pelo mundo. Não aconteceu, assim como também não destruíram Tiro.

    Leia também:
    http://fernandosilva.multiply.com/journal/item/10/10

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  57. > "Além disto, cada um é que sabe da sua vida. Não sou obrigado a imitar o
    > “famoso Fulano”, ainda mais se ele não apresentar motivos racionais para seus atos."
    >
    >--- E QUANDO ELES APRESENTAM MOTIVOS RACIONAIS?

    Ainda não vi nenhum. No fim das contas, é sempre a mesma história: "o universo é muito complexo para ter surgido por acaso" ou coisas assim.
    Não passam de pretextos para que estas pessoas se permitam acreditar naquilo que sua razão rejeita.

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  58. parabéns, fernando pela sua enorme paciência. eu já teria mandado esse cara queimar eternamente no mármore do inferno.
    é inacreditável que indivíduos sem o mínimo conhecimento de como a ciência funciona, sem um pouco de lógica nos seus dois neurônios, sem qualquer embasamento, venha atirar pedras sobre o trabalho de pessoas que se esforçam honestamente em levar um pouco de bom senso aos demais, com fundamentação, lógica e honestidade!
    Por outro lado, acreditar num deus como o da bíblia é preciso ter fé, e fé, sabem os crentes, é dom de deus, de maneira que entramos num círculo vicioso de onde é difícil sair.
    Um abraço.

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  59. Olá! Quero tanto elogiar a este site e sua coragem e convicção...qual, eu também, venho formando ,desde quando deixei de evangelizar, há 5 anos. Amigos, a ùnica coisa, uma das, que incomoda a mim, é do por quê o cérebro do homo sapiens já ter sido identificado por renomado cientistas, ser ele, antes de quase tudo que é aspecto necessário à sobrevivência,... ter em sua constituição biológica e quìmica: 'informações' (elaboração) para abrir caminho de o ser humano vivenciar uma vida extremamente voltada à espiritualidade (pois não temos ou temos uma entidade dentro de nòs?) e de cunho religioso; desde antes, ou, por volta justamente no desenrolar da escrita, a qual, na época, o que se conhece de 'escritura' ,boa parte, ou quase tudo, é falar do espiritual e Divino, por que, se a lógica é que viemos a existência no 'ajuntamento' casual de moléculas e proteìnas há bilhões de anos e não formados por uma 'mente' e intenção do Ser Deus?

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  60. > Afirmar a inexistência de deus não seria um "erro".

    Não é possível se afirmar taxativamente que Deus não existe. Por mais que a ciência avance, ele pode estar sempre além de nossa percepção. O que podemos fazer é mostrar os absurdos e contradições dos deuses criados pelo homem e rejeitá-los. Claro que o deus da Bíblia pode existir e o que nos parece absurdo, ter uma explicação que escapa à nossa inteligência limitada, mas, no momento, a coisa sensata a fazer é ignorá-lo. Na verdade, não somos obrigados a gostar dele nem mesmo se ele nos provar pessoalmente que existe.

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  61. Olá Fernando! Eu devia ter na indagação que eu fiz,
    e tanto anseio saber,( entender melhor), devia ter me
    dirigido logo a você, o dono deste espaço: por favor,
    Fernando, teria alguma boa explicação p/ o que eu
    procurei saber?. obg

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  62. Alexandre,
    Acho que você está invertendo as coisas. Foi o homem que inventou os deuses. No início, fazia até sentido, já que nossos antepassados não conheciam quase nada de ciência e então deduziam que, assim como eles eram superiores aos animais, haveria alguém superior a eles que os teria criado e seria responsável pelos fenômenos da natureza.
    Além disto, ter uma religião pode ter ajudado a unir as tribos e torná-las mais fortes, ajudando-as a sobreviver.
    Entretanto, com o tempo, o homem foi descobrindo que a Lua era só um planeta, que o Sol era apenas uma estrela, que os raios eram uma descarga elétrica e assim por diante. Os deuses foram ficando cada vez mais imateriais e invisíveis e hoje é preciso ter fé em que eles existem, já que não os vemos mais.
    Nossa cabeça está programada para procurar por um criador, portanto os deuses ainda não morreram. Além disto, temos medo da morte, não queremos admitir que vamos desaparecer para sempre, nos agarramos à esperança de que um dia as injustiças serão corrigidas e o sofrimento será recompensado.
    Já houve testes em laboratório que determinaram o ponto do cérebro que nos dá as experiências "místicas". Que deus é esse que é possível ligar e desligar com um botão?

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  63. Fernando... Tua explicação irei arquivar p/ mim, gostei da abrangência de suas palavras. Porém, algumas coisas iniciais qual vc me falou, eu já havia aprendido. ''Os deuses foram ficando cada vez mais imateriais e invisíveis e hoje é preciso ter fé em que eles existem'' Quanto a este trecho de sua explicação, eu ainda não havia observado. O que eu quis dizer à respeito do nosso cérebro, eu tirei do artigo que saiu na Revista Epoca 23/03/2009 - ''A fé q faz bem à saùde'', onde o neurocientista Jordan Grafman explica, acredita, que as áreas quais são ativadas ao nos preocuparmos com políticas, governo, diferem das áreas quando, exemplo, um crente ao longo duma leitura lê 'Jesus curando a uma criança' e tal. Ademais, o principal, justamente esta região do cérebro deve ter estado 'Pronta' antes mesmo da qual é utilizada p/ às crenças políticas. obg

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