sábado, 23 de junho de 2007

A "permanência" da Bíblia e a "indecisão" da ciência

Dizem os crentes que a Bíblia é superior à ciência porque nunca muda, enquanto que a ciência "não se decide" e a toda hora inventa novas explicações para as coisas.
Não percebem eles que quem nunca muda de ideia é burro, teimoso ou encontrou uma verdade (e nada é verdade até que se prove).

Mudar de ideia quando se encontra um erro é evoluir. Agarrar-se a velhas ideias sem se atrever a questioná-las é permanecer estagnado.
Foi mudando constantemente de ideia que a ciência nos trouxe das cavernas à civilização moderna.
Foi mudando de ideia (e ignorando a moralidade fossilizada da Bíblia) que a sociedade abandonou práticas como a escravidão e o tratamento das mulheres como seres inferiores.

Além disto, a Bíblia, além de ter várias versões, tem também milhares de interpretações, dando origem a outras tantas seitas, e são as interpretações que interessam.

Os que dizem seguir a Bíblia, "palavra imutável e inerrante de Deus", estão, na verdade e sem perceber, seguindo suas próprias opiniões e preconceitos, embora usem a Bíblia para legitimar-se.
Isto torna a tal "palavra de Deus" tão mutável e adaptável quanto a ciência, com a desvantagem de que, cedo ou tarde, cientistas acabam entrando num acordo sobre novas teorias, o que nunca foi o caso da religião.

É preciso lembrar também que a ciência produz resultados práticos: automóveis, aviões, televisão, celulares, computadores, as vacinas e toda a medicina moderna. As teorias por trás destes avanços podem estar incompletas e até incorretas, mas os resultados são reais.

E a religião, o que nos trouxe de palpável? O que mudaria em nossas vidas para pior se ela desaparecesse?
Milhares de religiões já se foram, muitas sem deixar vestígios, muitas outras terão o mesmo fim e a humanidade seguirá em frente.

"Respeite quem procura a verdade, desconfie de quem diz que a encontrou".

16 comentários:

  1. Tudo passa mais as minhas palavras jamais passarão.
    ja passou mais de 2000 anos e ainda está aí

    pare e pense.
    mude de opniao.

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  2. As palavras de Krishna também não passaram. Nem as de Aura Mazda. E lá se vão mais de 2500 anos.

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  3. Dizem os crentes que a Bíblia é superior à ciência porque nunca muda, enquanto que a ciência "não se decide" e a toda hora inventa novas explicações para as coisas.
    Não percebem eles que quem nunca muda de idéia é burro, teimoso ou encontrou uma verdade (e nada é verdade até que se prove).

    ISSO É QUE MENTE ABERTA E RESPEITO PELOS OUTROS... PARECE A INQUISIÇÃO CATÓLICA NA IDADE MÉDIA!

    Mudar de idéia quando se encontra um erro é evoluir. Agarrar-se a velhas idéias sem se atrever a questioná-las é permanecer estagnado.
    Foi mudando constantemente de idéia que a ciência nos trouxe das cavernas à civilização moderna.
    Foi mudando de idéia (e ignorando a moralidade fossilizada da Bíblia) que a sociedade abandonou práticas como a escravidão e o tratamento das mulheres como seres inferiores.

    VOCÊ, EVIDENTEMENTE, PRECISA DE LER A BÍBLIA COM MAIS ATENÇÃO, E CONHECER FACTOS HISTÓRICOS.

    A ESCRAVIDÃO:As palavras das línguas originais traduzidas “escravo” ou “servo”, na sua aplicação, não se limitam a pessoas que são propriedade de outros. A palavra hebraica ‛é·vedh pode referir-se a pessoas que são propriedade de seu semelhante. (Gên 12:16; Êx 20:17) Ou o termo pode designar súditos dum rei (2Sa 11:21; 2Cr 10:7), povos subjugados que pagavam tributo (2Sa 8:2, 6) e pessoas no serviço real, inclusive copeiros, padeiros, marinheiros, oficiais militares, conselheiros e outros assim, quer pertencentes a alguém, quer não (Gên 40:20; 1Sa 29:3; 1Rs 9:27; 2Cr 8:18; 9:10; 32:9). Ao se dirigir a outros de modo respeitoso, o hebreu, em vez de usar o pronome na primeira pessoa, às vezes falava de si mesmo como servo (‛é·vedh) daquele a quem falava. (Gên 33:5, 14; 42:10, 11, 13; 1Sa 20:7, 8) ‛É·vedh era usado com respeito a servos ou adoradores de Jeová em geral (1Rs 8:36; 2Rs 10:23), e, mais especificamente, a representantes especiais de Deus, tais como Moisés. (Jos 1:1, 2; 24:29; 2Rs 21:10)

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  4. A Lei protegia os escravos contra brutalidades. O escravo devia ser posto em liberdade se os maus-tratos do amo resultassem na perda de um dente ou de um olho. Visto que o valor costumeiro dum escravo era de 30 siclos,sua libertação significaria uma considerável perda para o amo, e, portanto, isso serviria como forte elemento dissuasivo contra abusos.

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  5. Entre os israelitas, a posição do escravo hebreu diferia daquela do escravo estrangeiro, residente forasteiro ou colono. Ao passo que o não-hebreu continuava como propriedade do amo e podia ser passado de pai para filho (Le 25:44-46), o escravo hebreu devia ser solto no sétimo ano de sua servidão ou no ano do jubileu, dependendo de qual vinha primeiro. Durante o tempo da sua servidão, o escravo hebreu devia ser tratado como trabalhador contratado. (Êx 21:2; Le 25:10; De 15:12) O hebreu que vendesse a si mesmo em escravidão a um residente forasteiro, a um membro da família dum residente forasteiro ou a um colono podia ser resgatado a qualquer hora, quer por ele mesmo, quer por alguém que tivesse o direito de resgate. O preço de resgate baseava-se no número de anos restantes até o ano do jubileu ou até o sétimo ano de servidão. (Le 25:47-52; De 15:12) Quando o amo concedia liberdade a um escravo hebreu, devia dar-lhe um presente para um bom começo como homem livre. (De 15:13-15)

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  6. Certos regulamentos especiais se aplicavam à escrava hebréia. Ela podia ser tomada como concubina pelo amo ou designada para ser esposa de seu filho. Quando designada para ser esposa do filho do amo, a hebréia devia ser tratada com o direito devido a filhas. Mesmo que o filho tomasse outra esposa, não se devia diminuir o sustento, o vestuário e os direitos conjugais da primeira. Se o filho falhasse neste respeito, a mulher tinha direito à sua liberdade sem pagar um preço de redenção. Se o amo quisesse que a hebréia fosse resgatada, não se lhe permitia realizar isso por vendê-la a estrangeiros.

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  7. Os termos da Lei concediam aos escravos certos privilégios. Visto que todos os escravos do sexo masculino eram circuncidados (Êx 12:44; compare isso com Gên 17:12), podiam comer a Páscoa, e os escravos do sacerdote podiam comer coisas sagradas. (Êx 12:43, 44; Le 22:10, 11) Os escravos eram eximidos do trabalho no sábado. (Êx 20:10; De 5:14) Durante o ano sabático, eles tinham o direito de comer o que havia crescido de grãos caídos e uvas de videiras não podadas. (Le 25:5, 6) Deviam ter parte na alegria associada com os sacrifícios no santuário e na celebração de festividades. — De 12:12; 16:11, 14

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  8. Os FACTOS mostram que o conceito bíblico de escravatura nada tem a ver com o que se fez ao longo da história humana aos escravos tradicionais. Como se pode ver, em matéria de direitos humanos, a Bíblia está séculos à frente do resto da sociedade humana. Deus cruel...?

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  9. Quanto às mulheres, falamos noutro dia, embora as leis sobre as escravas já mencionadas possam ser um indicativo.

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  10. > VOCÊ, EVIDENTEMENTE, PRECISA DE LER A BÍBLIA COM MAIS ATENÇÃO,
    > E CONHECER FACTOS HISTÓRICOS.

    Se alguns detalhes na Bíblia foram confirmados pelas pesquisas arqueológicas, então todo o resto está confirmado?

    > A Lei protegia os escravos contra brutalidades. O escravo devia ser
    > posto em liberdade se os maus-tratos do amo resultassem na perda
    > de um dente ou de um olho.

    Há algo de muito errado num livro sagrado onde se perdoa a um dono de escravos que os espanca até a morte.

    Êxodo 21
    20 Se um homem ferir seu escravo ou sua escrava com um bastão, de modo que ele morra sob sua mão, será punido.
    21 Se o escravo, porém, sobreviver um dia ou dois, não será punido, porque ele é propriedade do seu senhor.


    > "Não percebem eles que quem nunca muda de idéia é burro, teimoso
    > ou encontrou uma verdade (e nada é verdade até que se prove)."
    >
    > ISSO É QUE MENTE ABERTA E RESPEITO PELOS OUTROS... PARECE A
    > INQUISIÇÃO CATÓLICA NA IDADE MÉDIA!

    Você pode me mostrar onde está o erro na minha afirmação?

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  11. Não. Isso seria falta de bom senso. A questão é que A MAIORIA DAS PESSOAS, LUGARES E EVENTOS REGISTADOS NA BÍBLIA SÃO COMPROVADOS. O que está em causa é precisamente o contrário, ou seja, o facto de existirem alguns detalhes bíblicos que não estão comprovados não é razão, do meu ponto de vista, para se duvidar de tudo o resto. Principalmente com as fortes evidências que existem a favor da veracidade da Bíblia.

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  12. Êxodo 21
    20 Se um homem ferir seu escravo ou sua escrava com um bastão, de modo que ele morra sob sua mão, será punido.

    Então é punido ou não?

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  13. Você pode me mostrar onde está o erro na minha afirmação?

    POSSO: QUEM ACHA QUE OS QUE NÃO CONCORDAM COM OS SEUS PONTOS DE VISTA DEVE SER CHAMADO DE BURRO ESTÁ A DEMONSTRAR INTOLERÂNCIA, IGUAL À IGREJA NA ÉPOCA DA INQUISIÇÃO.

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  14. Êxodo 21
    20 Se um homem ferir seu escravo ou sua escrava com um bastão, de modo que ele morra sob sua mão, será punido.

    > Então é punido ou não?

    É uma punição muito duvidosa se, logo a seguir, perdoa-se a quem matou seu escravo a pancadas se ele ainda resistir por um ou dois dias antes de morrer.

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  15. > Não. Isso seria falta de bom senso. A questão é que A MAIORIA DAS PESSOAS,
    > LUGARES E EVENTOS REGISTADOS NA BÍBLIA SÃO COMPROVADOS.

    Figuras como Moisés e Abraão são de historicidade duvidosa. Adão e Eva mais ainda.
    As famosas muralhas de Jericó nunca foram encontradas. Jericó não passava de um vilarejo sem importância.
    E grande parte do Gênesis é mitologia, cópia de mitologias mais antigas, ainda por cima.
    Como eu disse, o fato de N.York existir não prova que King Kong existiu.

    Mais sobre o assunto:
    http://www.str.com.br/Atheos/biblia2.htm

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  16. Eu disse:
    > "Não percebem eles que quem nunca muda de idéia é burro, teimoso
    > ou encontrou uma verdade (e nada é verdade até que se prove)."
    >
    >Você pode me mostrar onde está o erro na minha afirmação?

    Você disse:

    > POSSO: QUEM ACHA QUE OS QUE NÃO CONCORDAM COM OS SEUS PONTOS DE VISTA
    > DEVE SER CHAMADO DE BURRO ESTÁ A DEMONSTRAR INTOLERÂNCIA, IGUAL À IGREJA NA
    > ÉPOCA DA INQUISIÇÃO.

    Você distorceu minhas palavras. Leia de novo o que disse. Burro é quem não muda de idéia mesmo diante de evidências em contrário.

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